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Durante muito tempo os museus simbolizaram um retorno às coisas de antigamente. “Quem vive de passado é museu”, reza o dito popular. Essa concepção tem mudado. No Rio de Janeiro, por exemplo, existe o Museu do Amanhã, que reúne ciência, tecnologia e inovação. O propósito é nos conscientizar sobre a necessidade de cuidar dos recursos naturais segundo o conceito de sustentabilidade a fim de que deixemos um legado positivo para nossos filhos e netos. A ideia é não repetir os erros das gerações passadas.

O Museu do Amanhã ilustra o desafio de pensar o futuro sem esquecer o passado. Os filhos de Deus também enfrentam esse desafio, mas sob uma perspectiva diferente. “Quero trazer à memória o que me pode dar esperança” (Lm 3:21). Esse versículo nos ensina que passado e futuro andam juntos. O primeiro como lembrança e o segundo como expectativa. Contudo, devemos evitar certas armadilhas que esse exercício nos apresenta.

Em relação ao passado existe o perigo da nostalgia, do saudosismo, do “no meu tempo é que era bom”. Não há problema em se lembrar de experiências que têm marcado nossa vida. O problema é quando permitimos que nossa caminhada seja determinada por essas experiências, seja em relação a momentos de grande alegria, seja em relação a experiências desagradáveis. Viver celebrando as vitórias de ontem nos impede de obter novas e maiores conquistas. Viver frustrado ou deprimido por conta de fatos angustiantes nos torna pessoas amarguradas. Outro perigo que nos rodeia é o da procrastinação, que implica deixar para amanhã o que deve ser feito hoje.  

A Igreja Presbiteriana do Cruzeiro completa 35 anos de organização eclesiástica. Mas nossa história não começou no dia 9 de abril de 1989. Nesse dia a igreja foi organizada. Esse ato foi precedido por anos de vida como congregação.

Dentre os fatos registrados nos livros de atas, destaco dois que podem nos servir de inspiração para pensar o futuro sem esquecer o passado: 1) A igreja nasceu nos lares. Durante anos, os cultos aconteceram nas casas de algumas famílias. Em 2024 foram implementados os grupos familiares. O desafio de se reunir nos lares voltou; 2) Desde 1980 até meados da década de 90, a igreja não funcionou no templo que hoje nos abriga, mas em lares e em um colégio. É impressionante ver o compromisso de vários membros que se doaram à causa do Senhor mesmo em condições limitadas. Atualmente, desfrutando de estrutura e de mais recursos, nosso compromisso tem aumentado ou nos acomodamos? Que imitemos a dedicação dos pioneiros. “Aviva a tua obra, ó Senhor” (Hc 3:2).

A construção do amanhã começa agora. Hoje é tempo para reacender a chama, arrepender-se e voltar ao primeiro amor.

Em Cristo e na esperança de um amanhã melhor do que ontem,

Rev. Marcone Bezerra Carvalho