“Rogo-vos, pois, eu, o prisioneiro no Senhor, que andeis de modo digno da vocação a que fostes chamados, com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor, esforçando-vos diligentemente por preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz; há somente um corpo e um Espírito, como também fostes chamados numa só esperança da vossa vocação; ” Efésios 4:1-4

O desafio do apóstolo Paulo nesse texto era conduzir a igreja de Jesus dividida em conflitos existentes entre os irmãos gentios e os irmãos judeus convertidos. Vejam que missão difícil esta, ampliada pelo choque de culturas diferentes e propósitos de vidas totalmente destoantes da nova criatura nascida do Espírito de Deus. Alinhar essas pessoas a uma nova vocação comum em Cristo Jesus não era tarefa para a sabedoria humana. Somente o poder da unidade do Espírito Santo é capaz de dar a direção e unidade ao povo de Deus.

Inicialmente, Paulo chama atenção para dizer que ele não é autônomo e que está preso a Jesus e olha para tudo de acordo com essa ótica, ou seja, estar preso em Jesus é o novo mirante de onde pode-se enxergar a vida de um ângulo salvífico, que é de fato nossa vocação.

Há uma nova vocação na vida das pessoas que se convertem a Cristo e esses cristãos foram chamados para essa vocação. Nós fomos chamados para a mudança dos referenciais anteriormente ligados a práticas e costumes não redentivos, buscando o descolamento dessa visão de mundo pregressa, para colocar em primeiro lugar nossa vocação e abaixo dela tudo o mais.

 Todas as diferenças devem ser subjugadas à nossa vocação. Nenhuma diferença entre nós deve se sobrepor à vocação que cada um de nós tem em Cristo.

É mais enfático o texto ao afirmar que essa postura dos seguidores de Cristo deve ser motivo de esforço por não ser algo fácil ou natural de proceder. Exige-se esforço de cada um para isso ocorrer. Ainda mais grave é a afirmação de Paulo ao afirmar que esse esforço deve ser feito com diligência, que quer dizer: interesse, cuidado, zelo, presteza e urgência.

Presb. Misael Guerra