“E comeram os filhos de Israel maná quarenta anos, até que entraram em terra habitada; comeram maná até que chegaram aos limites da terra de Canaã” (Êx 16:35)
A chegada de um ano novo vem acompanhada de muitas resoluções, promessas e esperanças. Nossos sonhos serão realizados, finalmente
começaremos uma nova dieta e finalmente conseguiremos ir à academia todos os dias. Mas planos se frustram. A ansiedade cresce e
a murmuração toma conta de nossas mentes. Isso porque esquecemos que nem a nossa vida nem o ano que se inicia é sobre nós. Assim como
o povo de Israel, somos parte de um plano maior. Porém, é tudo sobre Cristo e é dEle o plano.
Israel, povo escolhido e primogênito de Deus, foi chamado a confiar na provisão do Senhor. Os israelitas já haviam provado do grande poder de Deus quando estendeu sua mão poderosa e, através de Moisés, os conduziu para a liberdade da escravidão no Egito. Mas, mesmo assim, os corações ansiosos das pessoas não conseguiram enxergar a promessa da Terra Prometida além das dificuldades momentâneas. Entregaram-se à murmuração. Contudo, mesmo diante da insatisfação do povo, o Pai misericordioso atendeu ao pedido do povo. Eles comeram maná, dia após dia. O Senhor, dia após dia, mostrou seu cuidado. Em resposta, exigiu confiança e dependência.
Assim como o povo de Israel, temos dificuldades em confiar. Os israelitas murmuraram porque preferiam estar no controle. Preferiam a vida conhecida que haviam experimentado no Egito, mesmo que isso significasse escravidão e sofrimento. Eles esqueceram de quem era Deus, de que tudo que Ele havia prometido iria se cumprir e de que Ele sempre cuidaria dos seus filhos.
O ano que se inicia é desconhecido. Não sabemos o deserto que enfrentaremos, mas sabemos quem nos conduzirá e quem nos proverá. Então, que o nosso ano comece com esperança, mas não apenas com a esperança de que nossos sonhos irão prosperar, mas sim de que Cristo nos acompanhará por esse desconhecido que tem sido maravilhosamente preparado para nós.
“Guia-me pelas veredas da justiça por amor do seu nome. Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum, porque tu estás comigo; o teu bordão e o teu cajado me consolam.” (Sl 23.3-4)
Sem. Danilo Morais Santo