A frase que dá título a este texto encontra-se em 1 Coríntios 13:8, passagem que diz: O amor jamais acaba; mas, havendo profecias, desaparecerão; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, passará.

O capítulo 13 da referida epístola fala sobre a durabilidade do amor. O amor é maior que a fé e a esperança (cf. v.13), que são outras âncoras da vida cristã. É maior porque “quando vier o perfeito” (v.10) não será mais necessário ter fé e esperança, mas o amor permanecerá. Após a volta de Cristo, o pecado não existirá e viveremos em plena comunhão com ele e, além disso, uns com os outros. Então, o amor será praticado em sua plenitude.

A igreja de Corinto possuía muito conhecimento e diversos dons. Porém, faltava-lhe maturidade, ou seja, sabedoria para usar a inteligência e as habilidades espirituais na edificação mútua. É por isso que Paulo diz que mesmo que alguém fale várias línguas, profetize, compreenda toda a ciência, distribua seus bens, alimente os pobres e até mesmo entregue o corpo para ser queimado por uma causa nobre, se não tiver amor, todas essas coisas não adiantarão.

Meus queridos irmãos, nossa igreja está às portas de mais um aniversário, ocasião na qual celebraremos 35 anos de organização eclesiástica. Muitos daqueles que lançaram os fundamentos já não estão conosco. Também é certo que, entre os que consolidaram a obra, vários já partiram, seja para a glória celestial, seja para outras congregações. Os que estão hoje na ativa, mais cedo ou mais tarde, entrarão para os anais da história. Tudo isso atesta que estamos de passagem. A Igreja de Deus é formada por peregrinos que marcham rumo à Jerusalém celestial. O que não passa é Cristo, o fundamento da igreja. Ele é a base do amor fraternal. Amamos porque ele nos amou primeiro (1 João 4:19). Que nos doemos uns aos outros na certeza de que o amor dele jamais acaba, buscando antecipar a experiência da plenitude do amor que está reservada a nós na eternidade.

Mas como colocar isso em prática? Observando o que Paulo diz: “o amor é paciente, é benigno; o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal; não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta” (1 Co 13:4-7). Mais claro, impossível.

Alimente-se do amor de Deus. Impregnado dele, você conseguirá irradiar amor às pessoas, mostrando que, apesar das adversidades, o amor jamais acaba.

Rev. Marcone Bezerra