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Conhece a Deus e a ti mesmo

O aforismo grego “conhece-te a ti mesmo” revela que há muito o homem compreende o quão importante e transformador é a busca pelo autoconhecimento. Insta dizer, no entanto, que o verdadeiro conhecimento de si perpassa primeiramente em saber quem é Deus. Conhecê-lo define quem nós somos.

Deus é descrito na bíblia também como Pai – Aba Pai (Mc 14.36). Esta expressão em aramaico que significa, “meu Pai” ou “Papai” e denota intimidade, confiança e reverência, aparece pela primeira vez nas Escrituras nos lábios de Jesus e inaugura uma nova maneira de se relacionar com Deus nunca antes vista no judaísmo.

Jesus sabia muito bem qual era a sua posição em relação ao Pai. Logo em seu batismo, Cristo ouviu as seguintes palavras: “este é o meu filho amado, em quem me comprazo” (Mt 3.17). E foram essas palavras que deram significado a sua vida e ao seu ministério.

Todavia, conforme salienta o teólogo Ricardo Barbosa – em seu livro O Caminho do Coração – não foram poucas as vezes que Jesus foi tentado a provar quem ele era. No deserto, por exemplo, satanás coloca em xeque a voz que viera do céu ao dizer: “Se és Filho de Deus…” (Mt 4.3). Com essa pergunta, o inimigo “não está em duvidar do poder de transformar pedras em pães ou de dar voz de comando para os anjos, mas em lançar dúvidas sobre o lugar do Pai na vida do Filho”, conclui o Pastor.

Em outra ocasião, quando padecia na cruz, Jesus foi novamente confrontado, desta vez por um dos ladrões que disse: “Não és tu o Cristo? Salva-te a ti mesmo e a nós também” (Lc 23.39). Aqui estava o Senhor mais uma vez diante da mesma suspeita.

Apesar disso, Jesus não precisou dar nenhum “show” de poder espiritual para validar aquilo que já sabia, que era o “Filho Amado” em quem o Pai devotou todo o seu prazer.

Nós, Igreja do Senhor, podemos também ter essa certeza. Deus, por intermédio do Filho e no poder do Espírito Santo, nos chama a um relacionamento de total dependência e confiança no Pai. É necessário, entretanto, conhecê-lo e ouvir Sua voz para, assim como Jesus no Getsêmani, declararmos: “Aba, Pai, tudo te é possível; passa de mim este cálice; contudo, não seja o que eu quero, e sim o que tu queres”(Mc 14.36).

Pb. Daniel Toledo