Senso de prioridade é fundamental para se conduzir a vida de forma saudavelmente equilibrada. Salomão apresenta algo que se deve guardar, com toda a diligência, para alcançar essa prevenção salutar. Sobre toda coisa guardada, o coração deve vir em primeiro lugar.
Há muitos assuntos que merecem a nossa atenção. O “coração” como símbolo do centro da vida humana de onde procedem todas as decisões, sentimentos e emoções certamente é um deles. O principal.
Qual a postura diante daquilo de que devemos cuidar? O termo “guardar” traz a ideia de “montar guarda”, “manter alguém sob custódia”, “controlar como um prisioneiro”, controlar “o mar” ou ainda “um dragão” (Jó 7.12). Tudo isso com o intuito de impedir que se faça o mal.
A negligência para com esse “prisioneiro” (Pv 28.26) faz com que a ferocidade desse “dragão” atinja as relações humanas de forma destruidora e impetuosa. Falhar em olhar para o próprio “coração” ou “âmago” da personalidade humana é assumir a responsabilidade para que o eventual mal tramado seja historicizado (Pv 6.14, 18). O “coração” deve ser olhado, protegido, guardado, acima de todos os outros “membros” de externar sua letalidade ou malignidade eficaz. Esse “órgão” é a fronteira geográfica ou a extremidade territorial da alma de onde todas as coisas “saem”.
A política de imigração de assuntos do espírito humano deve ser justa e continuamente atualizada para evitar emigrações desnecessárias e prejudiciais às interações e relações humanas nesse movimento migratório eminentemente espiritual.
A direção que a vida tomará será determinada pelo conteúdo que dali sair. O coração deve ser impedido de tramar e externar o mal. Existem inúmeros exemplos do prejuízo experimentado por pessoas que não deram a devida importância para o estado dessas fontes (Gn 6.5-6, 11-13).
Muito trabalho e atenção é necessário (Dt 5.29). Cuidemos com a atenção devida (Sl 119.80) nesse processo contínuo (Sl 77.6) de lavar as paredes da própria alma (Jr 4.7, 14, 19 e 22) através da renovação dos pensamentos internos (Is 55.7). Troquemos os nossos pensamentos, pelos belíssimos e preciosos pensamentos de Deus (Sl 139.17).

Pr João Geraldo