Não é preciso conhecer geopolítica ou ser especialista em segurança internacional para saber que o confronto entre Rússia e Ucrânia têm gerado consequências desastrosas, sobretudo para os mais vulneráveis. Morte, fome, medo, fuga, abandono, desesperança e coisa piores, é esse o cenário atual para os envolvidos. De forma simples, podemos resumir: a guerra é ruim e mata gente.

Nós brasileiros não temos ampla noção do sofrimento ao qual o povo envolvido na guerra está sendo submetido. Vivemos num país pacífico, livre e democrático. Temos os problemas internos, claro, mas nada se compara com o pavor da possibilidade de ser atingido por um míssil ou uma bomba a qualquer momento. Dentre as várias atrocidades que têm sido noticiadas, uma me chamou muita atenção: uma criança de 11 anos atravessou sozinha a fronteira com a Eslováquia, em uma viagem de 17 horas, pois seus pais tiveram que permanecer na Ucrânia. Já parou pra pensar no trauma desse menino? E também na aflição dos pais?

 Uma cena bastante emocionante também circulou na internet. Um grupo de pessoas orando em praça pública. No meio do caos e da destruição, quando tudo parece perdido e quando não há mais saída, aqueles ucranianos confiam em Deus e encontram n’Ele força e refúgio. Mal sabem os poderosos que “muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo” (Tg 5.16). Sim, os pequeninos em praça pública são mais fortes que os soldados e os tanques de guerra. Abaixo o pedido de um pastor batista:

“O pastor Valery Antonyuk, presidente da União Batista Ucraniana, citou o Salmo 23, dizendo que os cristãos devem confiar em Deus. Ele instou as pessoas na Ucrânia e em todo o mundo a permanecerem em oração, alegando que ela é “nossa arma em tempos de guerra”. [1]

Num conflito tão grande e tão complexo, sentimo-nos impotentes e fracos. E, nessas circunstâncias, assim como aqueles irmãos em praça pública, poucas coisas podemos fazer. Orar é uma delas. A oração é a “nossa arma em tempos de guerra”. Todos os acontecimentos na história da humanidade não fogem ao controle de Deus. Foi assim no dilúvio, nas pragas do Egito, na pandemia e agora na guerra. Tudo que ocorre somente ocorre por ordem ou permissão de Deus.

Achei que meus olhos não veriam uma guerra. Achava que elas pertenciam aos livros de história. Que era coisa do passado. Mas estamos ai vivenciando uma. Não me espanto, pois está escrito: “…quando, porém, ouvirdes falar de guerras e rumores de guerras, não vos assusteis…”(Mc 13.7); o “mundo inteiro jaz no Maligno” (1 Jo 5.19); “…e os príncipes conspiram contra o Senhor e contra o seu Ungido, dizendo: Rompamos os seus laços e sacudamos de nós as suas algemas…”(Sl 2. 2-3).

Maranata, vem Senhor Jesus! Venha o Teu reino sobre nós. Ensine aos poderosos como se governa com amor, justiça retidão. “Beijai o Filho para que se não irrite, e não pereçais no caminho; porque dentro em pouco se lhe inflamará a ira. Bem-aventurados todos os que nele se refugiam. (Sl 2:12)

Pb. Daniel Toledo

[1] Fonte: Gospel Prime